Sobranceiro ao rio Germil, foi construído um fojo do lobo, uma armadilha sobretudo usada para caçar os lobos. Num território serrano e isolado como nesta parte de Ponte da Barca, o gado foi sempre o recurso mais importante da população. Era por isso fundamental protegê-lo dos predadores que habitavam as montanhas.
Na batida ao lobo, juntava-se toda a população da aldeia e de povoações vizinhas, que percorriam os montes, fazendo barulho, com armas, cães e fogo, levando os lobos a fugir para as armadilhas.
No concelho de Ponte da Barca, existem três fojos do lobo de paredes convergentes. Normalmente na zona mais estreita da armadilha, existia um "fojo”, que era um buraco ou um poço, onde caía o animal e era abatido. No caso de Germil, o lobo seria obrigado a descer em direção ao vértice do fojo, cairia para uma plataforma inferior, onde ficava encurralado.