Clima
A localização geográfica da região impõe-lhe características climáticas de transição entre os climas frios e húmidos do Norte da Europa, e os climas quentes e secos de África. Ainda que, sob o ponto de vista climático, a influência mediterrânica se faça sentir em toda a extensão do território nacional, no Noroeste peninsular, e portanto neste espaço territorial, predomina com alguma evidência a influência atlântica.
As variações das temperaturas médias anuais são pequenas, devido ao efeito regulador do Atlântico, situando-se entre os 7,5ºC e os 15ºC. As amplitudes térmicas aumentam à medida que se caminha do litoral para o interior e se avança em altitude.
De uma forma geral, pode dizer-se que os invernos são amenos e os verões são frescos. As massas de ar húmido, provenientes do oceano, sobem ao encontrar a barreira montanhosa que delimita a região e que se inicia logo junto ao mar, provocando a sua condensação e precipitações elevadas em toda a região. Encontram-se nesta zona as precipitações mais elevadas da Europa, que podem atingir os 3.400 mm anuais nas terras mais altas do interior. Note-se, contudo, que é no que diz respeito às precipitações que mais se fazem sentir as características dos climas mediterrânicos. A distribuição das chuvas é irregular ao longo do ano, concentrando-se entre dezembro e março (com cerca de 50% da precipitação anual). Em contrapartida, os meses de verão, de junho a setembro, não recebem mais do que 12% daquela precipitação anual.
A ocorrência de geadas é praticamente nula na orla costeira, aumentando à medida que se caminha para o interior e em altitude. Em certos locais, o período de risco de geadas atinge os três meses, normalmente de outubro/ novembro até março. Já a insolação, com valores mínimos no inverno e máximos no mês de julho, apresenta valores médios na ordem das 2.400 horas de sol descoberto por ano, havendo decréscimos deste valor do litoral para o interior.