Miradouro de Santo Antão, Caminha

Em construção.

O quadro é perfeito! Todo o esplendor da natureza avista-se dali, do Miradouro de Santo Antão. É preciso subir à Serra d'Arga, não mais de uns escassos 400 metros e abre-se diante dos nossos olhos uma panorâmica inigualável. O mar estende-se até onde a vista alcança e perde-se no infinito. 

Imponente, a Ínsua destaca-se no meio do azul sem fim, rodeada pelo ouro do areal de uma praia cheia de histórias, onde passaram monges, militares e desde há umas boas décadas apenas turistas, de cá e de fora, que partilham a paixão por este pedaço de paraíso. 

Do outro lado do rio Minho há outro País, o Monte de Santa Tecla avisa que são terras de Espanha. Olhando para a margem galega é impossível não ver de permeio o estuário do rio Minho, onde as águas se misturam sem quase darmos conta, a não ser em dias de alguma turbulência, mas disso sabe quem navega, porque à vista tudo é harmonia da mais pura. 

Para norte há mais rio Minho, ilhas e verde, muito verde! Também há casario, aqui e ali, aglomerados populacionais. São vilas e aldeias onde habita gente afortunada. A vista abrange pelo menos o litoral entre Vila Praia de Âncora e Seixas: é muito? É verdade, mas o Miradouro de Santo Antão tem essa magnitude. Atrás de nós fica a Capela com o nome do Santo. Data do início do século XVIII, mas foi reconstruída em 1755. 

Chegados ao Miradouro apetece ficar, mais e mais tempo, porque além da beleza do quadro há magia, há tonalidades que percorrem a paleta do pintor e até parece, qual artista insatisfeito, que ele foi dando umas pinceladas ao longo do dia, rivalizando com o Sol, até que este se farte e desapareça, para então ficarem apenas luzinhas a brilhar no escuro, até que o Sol se digne regressar.