Lenda do Tomás das Guingostas
Em tempos que já lá vão, no reinado de D. Isabel, viveu no lugar de Sante, um homem chamado Tomás Joaquim Codeço, mais conhecido por Tomás das Guingostas. Este homem tinha uma quadrilha, da qual era o líder, O povo dizia que O Tomás das Guingostas, com a sua quadrilha, roubava aos senhores e comerciantes ricos para depois distribuir pelos pobres. Tomás era um homem destemido e forte, que enfrentava qualquer pessoa sem medo. Caso o número dos perseguidores impusesse mais respeito, como acontecia frequentemente com as perseguições da Guarda Real, o Tomás refugiava-se numa mina que tinha no lugar de Sante, que era um verdadeiro labirinto, indo desde este lugar até ao cruzeiro de S. Paio.
Como prova da sua valentia, conta-se que um dia, em Casto Laboreiro, enquanto andava nas suas deambulações predatórias, teve uma refrega com os castelhanos, vindo a sua quadrilha a ser desbaratada. A ver-se no perigo da derrota, o Tomás só pesou em fugir. Na urgência da fuga, prendeu-se o catão ao rabo do cavalo, afirmando, quem o viu, que as patas do cavalo deitavam lume enquanto corria para Pomares.
Encorajado pela sorte e pela força, Tomás das Guingostas continuava os seu feitos pelas aldeias da vizinhança, ora porque de dia se refugiava dos soldados da rainha nas minas, ora porque durante a noite estes, temerosos do que lhes poderia suceder, não se aventuravam na perseguição do bandoleiro.
Acontece que um dia, 30 de Janeiro de 1839, encontrava-se o nosso herói a cavaquear na tasca do seu vizinho e amigo Policarpo, quando foi cercado por uma escolta militar que ali ia para o prender. À surpresa respondeu com uma rápida fuga pelo alçapão, mas foi frustrado o seu intento quando os militares o agarraram pelas pernas, chegando a cortar-lhe os suspensórios para melhor o resgatarem do buraco da liberdade almejada. Assim o levaram, perante a consternação de todos os presentes.
Ao chegar a escolta à ponte D’Alote, o prisioneiro, apontando o outro lado da margem, exclamou:
-Foi ali que pratiquei o meu primeiro crime!
A sua fama impeliu os olhares curiosos dos jovens militares para o dito lugar, distraindo-os dos seus propósitos. Logo Tomás das Guingostas se virou para os praças que o prendiam, e pisou os calos de um deles, com o intuito da fuga, como tantas vezes fizera antes. Foi de tal maneira encarniçada a refrega entre Tomás e os soldados, que da violência dos seus arremessos ficou a marca dos seus dedos numa das pedras da ponte. O comandante, vendo quão manhoso e ardiloso era o ladrão, mandou-o logo ali fuzilar, num ignominioso assassínio à queima-roupa. E, depois de o mandar decapitar, enviou a cabeça como troféu à rainha, vindo o seu corpo a ser sepultado nas traseiras da capela de S. Bento de Barata.
Como prova da sua valentia, conta-se que um dia, em Casto Laboreiro, enquanto andava nas suas deambulações predatórias, teve uma refrega com os castelhanos, vindo a sua quadrilha a ser desbaratada. A ver-se no perigo da derrota, o Tomás só pesou em fugir. Na urgência da fuga, prendeu-se o catão ao rabo do cavalo, afirmando, quem o viu, que as patas do cavalo deitavam lume enquanto corria para Pomares.
Encorajado pela sorte e pela força, Tomás das Guingostas continuava os seu feitos pelas aldeias da vizinhança, ora porque de dia se refugiava dos soldados da rainha nas minas, ora porque durante a noite estes, temerosos do que lhes poderia suceder, não se aventuravam na perseguição do bandoleiro.
Acontece que um dia, 30 de Janeiro de 1839, encontrava-se o nosso herói a cavaquear na tasca do seu vizinho e amigo Policarpo, quando foi cercado por uma escolta militar que ali ia para o prender. À surpresa respondeu com uma rápida fuga pelo alçapão, mas foi frustrado o seu intento quando os militares o agarraram pelas pernas, chegando a cortar-lhe os suspensórios para melhor o resgatarem do buraco da liberdade almejada. Assim o levaram, perante a consternação de todos os presentes.
Ao chegar a escolta à ponte D’Alote, o prisioneiro, apontando o outro lado da margem, exclamou:
-Foi ali que pratiquei o meu primeiro crime!
A sua fama impeliu os olhares curiosos dos jovens militares para o dito lugar, distraindo-os dos seus propósitos. Logo Tomás das Guingostas se virou para os praças que o prendiam, e pisou os calos de um deles, com o intuito da fuga, como tantas vezes fizera antes. Foi de tal maneira encarniçada a refrega entre Tomás e os soldados, que da violência dos seus arremessos ficou a marca dos seus dedos numa das pedras da ponte. O comandante, vendo quão manhoso e ardiloso era o ladrão, mandou-o logo ali fuzilar, num ignominioso assassínio à queima-roupa. E, depois de o mandar decapitar, enviou a cabeça como troféu à rainha, vindo o seu corpo a ser sepultado nas traseiras da capela de S. Bento de Barata.
Quando a rainha viu o rosto sem vida de Tomás, repreendeu fortemente os guardas. Depois de informada dos feitos de Tomás, lamentou que tal injustiça tenha sido cometida com tão bondoso e corajoso homem. Ainda hoje o povo recorda Tomás com muito, carinho e respeito.